“Foi um voo emocionante. Os passageiros estavam tão ansiosos como nós. Acho que nunca tive um voo em que os tripulantes e os passageiros estivessem tão próximos — havia uma alegria no ar, uma cumplicidade e, ao mesmo tempo, alguma angústia. Mas sobretudo muita ansiedade. Alguns passageiros faziam-nos muitas perguntas porque pensavam que o pessoal da TAP tinha informação privilegiada, mas nós sabíamos tanto como eles”, diz Vítor Atalaia, que tinha 27 anos anos e era tripulante da TAP em Abril de 1974, quando se deu o golpe militar.
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