W. H. Auden apresentou-se um dia, sem remorsos, segundo disse, como homem do século XIX. Se nos lembrarmos que a existência do poeta anglo-americano decorreu entre 1907 e 1973, logo perceberemos o seu paradoxo benigno. Algo de semelhante podemos testemunhá-lo perante os versos finais de Moleiropoema do mais recente livro de Hugo Miguel Santos (HMS): “Que não me aceitem,/ não me esperem/ à mesa dos contemporâneos,// prefiro morrer medieval.” (p.55).

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