É a imagem que é tanto o que catapultou Ruth Orkin da obscuridade reservada às mulheres fotojornalistas em grande parte do século XX para a relevância do século XXI, quanto suscita a mais banal das perguntas jornalísticas. “Quando olha para Rapariga Americana em Itáliaque sentimento lhe transmite?”, pergunta o PÚBLICO à curadora da exposição Ruth Orkin — A Ilusão do Tempopatente em Cascais. “Horrível. É do mais ameaçador”, responde sem hesitar. Uma mulher de 23 anos passa na rua em Florença em 1951 por 15 homens, um dos quais toca na própria braguilha. “Ela deve ter-se sentido tão desconfortável”, imagina Anne Morin.

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