Procurar “novas formas de captar a paisagem construída” pode ser “um enorme desafio”. Mas durante as duas longas caminhadas por todo o mundo, de câmara na mão, Manuel Alvarez Diestro encontrou “espaços excepcionais” e tentou “transformar o real em irreal”.

A nova série do fotógrafo espanhol, Monólitoscomeçou a ganhar forma há alguns anos durante deambulações por Madrid. Quando viu o Edifício Vallecas 20, “a caixa preta vertical”, com “o sol a bater na estrutura”, fez-lhe lembrar o filme Odisseia no Espaço. “No filme, um monólito preto aparece no meio do nada, rodeado de formações rochosas numa paisagem vasta épica. Com isso em mente, tirei fotos de arranha-céus que parecem monólitos e que se colocam de uma forma semelhante”, conta o fotógrafo que gosta de captar a arquitectura das novas cidades, desde a batalha entre as cidades e a natureza, aos arranha-céus na China a partir de um comboio​. O principal requisito: os edifícios tinham de gerar “cenários surreais”.

Foi na Coreia do Sul, China, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Malásia que encontrou, “no meio do nada”, estas estruturas verticais de “presença enigmática, que parecem desconectadas” do que as rodeia. O resultado são estas imagens, que parecem “evocar uma conexão com o mundo dos alienígenas“. E que não só transformam o real em irreal, mas também em surreal.



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