O Presidente da República reagiu este domingo a uma eventual acção criminal do grupo parlamentar do Chega contra si, por traição à pátria, dizendo que “é, naturalmente, a democracia”.

“A democracia é isso. Em democracia, em tempo eleitoral, fora de tempo eleitoral, os partidos podem tomar iniciativas. É, naturalmente, a democracia”, limitou-se a afirmar Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à Ovibeja.

Marcelo Rebelo de Sousa reagia à notícia avançada pela TVI de que o grupo parlamentar do Chega vai reunir-se, na segunda-feira, com juristas e professores de direito para avaliar uma possível acção criminal contra o Presidente da República por traição à pátria, tendo como base o artigo 130.º da Constituição da República Portuguesa.

Antecedendo as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o Presidente da República sugeriu, num jantar com jornalistas estrangeiros, que Portugal assumisse responsabilidades por crimes cometidos durante a era colonial, propondo “reparações” pelos erros do passado.

Na semana passada, o chefe de Estado insistiu que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e deu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento, que já vêm sendo estabelecidas.

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