Que as empresas lutem de forma contínua por um lugar ao sol, no cenário de permanente concorrência em que vivem e do qual retiram a sua razão de ser, não deve espantar nada nem ninguém, mas que uma câmara municipal se preste a ver ruas, praças, rotundas, a serem literalmente invadidas por instrumentos publicitários que pouco interessam à cidade e aos seus habitantes suscita uma certa incredulidade e estranheza. Afinal, nas palavras do nosso autarca, “as pessoas primeiro” – mas, alguma vez, serão as ditas pessoas ou a própria cidade os beneficiários deste ruído visual que, para onde quer que nos voltemos, se impõe às horas e lugares do nosso dia?

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