Novos depósitos atingem máximo de 12,5 mil milhões em Julho

A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu ligeiramente em Julho pelo sétimo mês consecutivo, mas o montante de novos depósitos disparou, atingindo o valor mais elevado da série histórica, iniciada em 2003.

De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP), o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares aumentou 2498 milhões de euros, totalizando 12.559 milhões de euros em Julho. Face ao mesmo mês do ano passado, o montante de novos depósitos quase duplicou, uma que vez que tinha ficado em 7611 milhões de euros.

“À semelhança dos meses anteriores, o montante de novas operações está associado, em grande medida, à reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em Julho sem renovação automática”, avança o BdP.

A elevada reaplicação de depósitos é explicada em parte pela falta de aplicações com rentabilidade superior e com garantia de capital. Os Certificados de Aforro eram um forte concorrente aos depósitos a prazo, mas o corte na sua remuneração, com o lançamento da nova série F, decidida pelo anterior Governo, retirou-lhes atractividade.

A taxa média diminuiu 0,03 pontos percentuais, passando de 2,66% em Junho para 2,63% em Julho. Esta remuneração volta a distanciar-se do máximo de 3,08%, verificado em Dezembro de 2023.

A taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da área do euro diminuiu 0,03 pontos percentuais, uma variação semelhante à verificada em Portugal, fixando-se em 3%.

Contudo, Portugal acabou por descer um lugar entre os países da área do euro, tendo agora a quinta taxa mais baixa.

Nos novos depósitos com prazo até um ano, a taxa de juro média diminuiu 0,03 pontos percentuais, para 2,65%, a mais elevada, o que explica que tenha atraído 97% dos novos depósitos.

A remuneração média dos novos depósitos de 1 a 2 anos também diminuiu, de 2,22% para 1,99%, mas, em sentido contrário, as aplicações a mais de 2 anos registaram um aumento de 0,38 pontos percentuais, passando de 1,59% para 1,97% em Julho.

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