As redes sociais têm sido o palco de SALÃO DO HIND desde terça-feira, 6 de Maio, quando o rapper Macklemore lançou a música de apoio aos protestos estudantis pró-Palestina que estão em marcha em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos. O vídeo que começa com uma bandeira palestiniana é ainda uma homenagem a Hind Rajab, criança palestiniana de seis anos que foi morta há dois meses pelo exército israelita.

Em menos de três minutos, o rapper desconstrói a posição dos Estados Unidos pelo financiamento de Israel e por querer silenciar os estudantes que estão a acampar nas universidades em defesa da Palestina. “O problema não são os protestos, é o que eles estão a protestar/ Isso vai contra o que o nosso país está a financiar”, diz.

A letra menciona ainda directamente Netanyahu, George Latimer, ex-membro da Assembleia do Estado de Nova York, e Jim Banks, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. McDonald’s, Starbucks e Meta, empresa que detém o Facebook, Instagram e WhatsApp, o Comité Americano de Assuntos Públicos de Israel (AIPAC) e a organização Cristãos Unidos por Israel (CUFI) também são alvos de críticas por não apoiarem um cessar-fogo em Gaza.

Macklemore acusa o Ocidente de fingir que as pessoas em Gaza não existem e diz que Biden “tem sangue nas mãos”. A música ironiza ainda o verso “the land of the free” (traduzido, “a terra da liberdade”), um excerto da letra do hino dos Estados Unidos.

A indústria musical não ficou de fora e é acusada de “estar calada” e priorizar disputas entre artistas, como Drake e Kendrick Lamar, em vez da guerra de Israel na Palestina. A música termina com “Se o Ocidente estivesse a fingir que não existes/ Quererias que o mundo se erguesse e foi isso que os estudantes finalmente fizeram”.

O rapper garante que todos os lucros da música irão para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês).



Fuente